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O projecto angolano Biocom, de produção de açúcar, etanol e gerador de electricidade, já começou a injectar dez MegaWatts (MW) de energia na rede eléctrica nacional, informou o ministro da Energia e Águas.

Instalado no município de Cacuso, a 75 quilómetros da cidade de Malanje, o Biocom é um dos maiores projectos agroindustriais do país, liderado pelo grupo brasileiro Odebrecht. Assenta na produção de açúcar e etanol, mas também de electricidade, para consumo próprio e escoando o excedente para a rede nacional.

“Nós, neste momento, estamos a comprar 10MW, prevendo-se que a partir do próximo ano possamos triplicar o volume dessa capacidade adquirida”, explicou o ministro João Baptista Borges.

De acordo com o governante, trata-se de uma “produção independente de energia”, cuja electricidade está a ser injectada no sistema eléctrico norte, sendo uma “solução de parceria público-privada”.

“Que nós vemos como necessária para expandir a oferta de energia ao longo do país”, apontou João Baptista Borges.

O empreendimento, que começou a funcionar em Setembro, prevê uma produção máxima de cerca de 120 MW, segundo informação anterior da administração da Biocom, que negociou a venda de electricidade à rede pública.

Em paralelo, envolve a produção anual de dezoito mil toneladas de açúcar e de três mil metros cúbicos de etanol.

Para 2019, perspectiva-se uma produção anual de 256 mil toneladas de açúcar e de 30 milhões de litros de etanol, além de energia eléctrica que será utilizada para o reforço da linha de alta tensão de Capanda/Cacuso, abastecedora do município e da cidade de Malanje.

A Lusa noticiou a 22 de Outubro que o executivo aprovou a emissão de uma garantia soberana do Estado para financiamento de parte deste investimento, de USD 298 milhões, a realizar pela sociedade brasileira Biocom – Bionergia de Angola.

A autorização consta de um despacho presidencial de 20 de Outubro sendo a decisão justificada com a criação do pólo agroindustrial de Capanda (Malanje) e a atracção de empreendimentos “de grande porte” para aquela região, visando o desenvolvimento do sector agropecuário.

O mesmo despacho, assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, recorda que aquela sociedade assume um “papel estratégico”, enquanto empresa âncora, para “fomentar a estrutura da cadeia produtiva na região” e fornecer energia eléctrica para “consumo industrial e doméstico” à região.

O ministro das Finanças, Armando Manuel, é assim autorizado a emitir a garantia soberana “em nome do Estado”, cobrindo 70 porcento do financiamento a contratar pela sociedade Biocom junto da banca, avaliado em USD 300 milhões.

A garantia é emitida a favor da Biocom, que fica obrigada a depositar 4 porcento do valor garantido pelo Estado na conta do Fundo de Garantia.

Em causa está um investimento global, em fase de implementação, que ronda os USD 750 milhões, segundo contrato de financiamento assinado em Luanda, com a Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) de Angola, a 28 de Agosto último.

O empreendimento é classificado pelo executivo angolano como importante “para a redução do défice energético existente na região de Malanje e Sistema Norte, assim como na diversificação das fontes energéticas existentes.

Fonte: http://www.redeangola.info/biocom-ja-injecta-10-mw-de-energia-na-rede-electrica-nacional/